SBPJor 2023 terá lançamento de livros 

 

de pesquisadores em Comunicação

 

Ao todo, 13 obras serão divulgadas no evento

 

Thalita Cardoso

 

 

Como parte da programação do 21º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo, que será realizado na Universidade de Brasília (UnB) em novembro deste ano, a SBPJor vai promover uma sessão de lançamento de livros de diversos pesquisadores em comunicação na quinta-feira (9/11), às 20h30.

 

No segundo dia do Encontro – que acontece de 8 a 10/11 na Faculdade de Comunicação –, o evento deve se dar logo após a sessão de entrega do Prêmio Adelmo Genro Filho, e será realizado na Área de Convivência da FAC-UnB, onde estarão os autores dos livros.

 

Para a professora de Jornalismo da UnB Fernanda Vasques, a sessão de livros é importante para todos os que submeteram suas obras ao edital de lançamento, “principalmente pela contribuição que cada uma delas traz para o campo do jornalismo nas suas diferentes vertentes de estudo”. Ela explica que os livros selecionados, com até 12 meses de publicação, mostram a riqueza e heterogeneidade dos estudos em comunicação.

 

A coordenadora da Comissão de Infraestrutura do SBPJor frisa que “os livros refletem os esforços de pesquisa e reflexão no campo do jornalismo. A sessão de lançamento é um momento extremamente feliz, especial, onde cada autor faz reverberar os seus esforços cotidianos de pesquisa”, destaca.

 

Entre as publicações, está o livro “Desigualdades de gênero e representações midiáticas”, organizado pela jornalista e professora da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Tamires Ferreira Coêlho. A proposta da obra é discutir essas desigualdades, não apenas aquelas bem explícitas. “É pensar nas sutilezas do cotidiano principalmente no jornalismo e na comunicação pública. Pensar em outras possibilidades de prática de processo de produto midiático e em como essas relações desiguais de gênero se materializam.”

 

A autora destaca a importância de se desnaturalizar o que é cis, branco e hetero “porque a gente acha que o branco não tem raça. O cis não tem gênero. Que o hetero normativo não tem sexualidade, muitas vezes. A gente acaba atribuindo o gênero a uma coisa que vai envolver mulheres.” Tamires cita a responsabilidade do jornalismo em reproduzir esses estereótipos desumanizadores.

 

“Como o jornalismo vai ser óculos de debate público e de transformação social quando ele não consegue muitas vezes fazer o mínimo? No entanto, a gente não pode dizer que a culpa é exclusivamente do jornalista ou da jornalista que está ali cobrindo essa ou aquela pauta. Tem uma questão sistêmica por trás”, reitera.

 

Já a professora do curso de Jornalismo da FAC, Thaïs de Mendonça Jorge, está lançando a coletânea “Desinformação, o mal do século. Distorções, inverdades, fake news: a democracia ameaçada”. O livro é fruto de convênio com o Supremo Tribunal Federal e apresenta 14 artigos de 31 autores das áreas de comunicação e jurídica, dentre eles a ex-ministra Rosa Weber. “A desinformação parece ser um mal de nosso século” – afirma Thaïs – porque não sabemos ainda lidar com ela. E o cenário provoca incerteza, desordem e insegurança”.