Laureados
Prêmio Adelmo Genro Filho entregará troféus
Pesquisadores premiados foram 11
O Prêmio Adelmo Genro Filho (PAGF), uma das maiores premiações acadêmicas do país, será entregue no dia 9/11, às 19h, durante a realização do 21º Encontro da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor). Nesta edição, que já é a 18ª, serão premiados 11 trabalhos de doutorado, mestrado, iniciação científica, trabalhos de conclusão de curso e de pesquisa aplicada. Os trabalhos são de 25 diferentes instituições brasileiras, sendo 18 delas federais. A cerimônia será no Auditório Pompeu de Sousa, localizado no subsolo da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília. O coordenador do PAGF e professor de Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Marcos Paulo da Silva, explica a importância da láurea para as pesquisas no campo da comunicação. Nesta entrevista, o professor Marcos Paulo fala sobre a criação do prêmio e a seleção dos ganhadores.
Qual a importância desta premiação para a valorização de pesquisas jornalísticas no Brasil?
Marcos Paulo da Silva: Este prêmio, que existe desde 2004, foi criado para valorizar e institucionalizar as pesquisas em jornalismo no país e nas mais diversas categorias. O prêmio reconhece não apenas trabalhos de pesquisadores sêniores, mas também pesquisas que partem dos cursos de graduação, como pesquisas de iniciação científica. O PAGF é um espaço amplo para os pesquisadores em jornalismo.
De que forma acontecem as avaliações dos trabalhos?
MPS: Os trabalhos são divididos em quatro categorias: Doutorado, Mestrado, Iniciação Científica/TCC e Pesquisa Aplicada. Em cada categoria existem comissões avaliadoras que reúnem colegas ativos na pesquisa em jornalismo com representatividade de gênero e geográfico. Além disso, essas comissões atuam de forma autônoma e independente, sem conhecimento dos que compõem as demais comissões.
Como acontecerá a entrega dos prêmios?
MPS: A premiação deste ano é uma das mais marcantes, pois também celebrará os 20 anos da SBPJor. A associação foi criada e teve o primeiro encontro na Universidade de Brasília. Agora, depois de duas décadas, o evento volta ao local de origem para celebrar essa data importante. Haverá dois momentos simbólicos: o primeiro deles será na abertura do encontro, com uma mesa de palestra com todos os premiados; o segundo será no dia seguinte, que é quando acontecerá a sessão de entrega dos troféus.
Qual foi o papel de Adelmo Genro Filho para o Jornalismo?
MPS: Adelmo foi um dos principais nomes no campo teórico do jornalismo no Brasil. Em sua curta carreira ajudou a construir uma das bases mais sólidas das teorias de jornalismo do país. Atuou como jornalista no Rio Grande do Sul e depois ingressou na carreira acadêmica deixando um legado e obras importantes. A principal delas é “O Segredo da Pirâmide” , que ainda hoje é um dos livros mais importantes nos currículos.
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TESES E DISSERTAÇÕES
Trabalhos vão de jornalismo audiovisual à política, de gênero a sustentabilidade
Eis a lista dos 11 premiados em 2023.
CATEGORIA DOUTORADO
TESE PREMIADA: “A experiência do usuário com conteúdos de jornalismo audiovisual em 360° e a centralidade da sensação de presença”
Autora: Luciellen Souza Lima
Orientação: Suzana Oliveira Barbosa
Instituição: Universidade Federal da Bahia (UFBA)
MENÇÃO HONROSA: “Jornalismo Narrativo em Podcasting: imersividade, dramaturgia e narrativa autoral”
Autora: Luana Viana e Silva
Orientação: Carlos Pernisa Júnior
Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
MENÇÃO HONROSA: “Populismo e autoridade jornalística: uma análise de editoriais e notícias publicados durante a primeira metade do governo Bolsonaro”
Autora: Giulia Sbaraini Fontes
Orientação: Francisco Paulo Jamil Almeida Marques
Instituição: Universidade Federal do Paraná (UFPR)
CATEGORIA MESTRADO
DISSERTAÇÃO PREMIADA: “Entraves para a produção jornalística com perspectiva de gênero a partir da feminização do jornalismo no Brasil”
Autora: Nayara Nascimento de Sousa
Orientação: Camilla Quesada Tavares
Instituição: Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
MENÇÃO HONROSA: “Desertos de notícias na região da zona da mata mineira: produção e carência de informação local”
Autor: Cézar Franco dos Santos Martins
Orientação: Iluska Maria da Silva Coutinho / Coorientação: Sonia Virgínia Moreira
Instituição: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
MENÇÃO HONROSA: “A devastação da Amazônia brasileira e a criação das agendas cívicas: um comparativo das coberturas jornalísticas digitais na Folha de S.Paulo, no The New York Times e no The Guardian”
Autora: Ana Virgínia Menezes Torga
Orientação: Marcos Silva Palacios
Instituição: Universidade Federal da Bahia (UFBA)
CATEGORIA INICIAÇÃO CIENTÍTICA/TCC
TRABALHO PREMIADO: “A construção remota da notícia: adaptações na produção de jornais impressos e digitais provocadas pela pandemia de Covid-19”
Autora: Gabriela de Araujo Medeiros
Orientação: Larissa Morais
Instituição: Universidade Federal Fluminense (UFF)
MENÇÃO HONROSA: “O agronegócio brasileiro em cena: análise de enquadramentos jornalísticos em textos opinativos do Estadão”
Autora: Síntia Mara Ott
Orientação: Rafael da Silva Paes Henriques
Instituição: Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
MENÇÃO HONROSA: “A Nova Forma De Assistir O Jornalismo: Uma Análise De Recepção Dos Produtos Jornalísticos Disponíveis No Streaming Globoplay”
Autora: Marcia Daniela Pianaro Valenga
Orientação: Graziela Soares Bianchi
Instituição: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
CATEGORIA PESQUISA APLICADA
TRABALHO PREMIADO: “Lupa NH 2.0”
Autor: Tiago Eduardo
Orientação: Walter Teixeira Lima Junior (UNIFESP/UFPA)
Instituição: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Colaboradores: Agnes de Sousa Arruda, Alan Milhomem da Silva, Artur Ohashi Bonnet, Ben Roldhan Sousa Pereira, Camila de Andrade Simões, Cláudia Maria Arantes de Assis Saar, Daiana Maria Veiga Sigiliano, Elisângela Lima de Andrade, Jéssica de Souza Carneiro, Luiza Nobre de Menezes Melo, Samara Sarmanho Serra Rodrigues e Tatiana Santos Gonçalves (Chamada CNPq/MCTI/FNDCT 2022)
CATEGORIA SÊNIOR
Pesquisadora premiada: Sylvia Debossan Moretzsohn (Universidade Federal Fluminense / Universidade do Minho – Portugal)