“Trabalhos aprovados reforçam a busca de soluções para o futuro do jornalismo”,

 

diz diretor científico

 

Para Rafael Bellan, 21º SBPJor será espaço de reflexão

 

Diogo Albuquerque

 

 

 

Foto Bellan

 

Prof. Dr. Rafael Bellan, UFES, DIretor Ciêntifico

da SBPJor -  Arquivo pessoal

 

 

 

Marcado para ocorrer entre os dias 8 e 10 de novembro na Faculdade de Comunicação (FAC) da Universidade de Brasília (UnB), o 21º Encontro de Pesquisadores em Jornalismo vai contar com 203 trabalhos aprovados no total — dos quais 33 são do 13º Encontro de Jovens Pesquisadores em Jornalismo (JPJor).

 

 

Os trabalhos foram divididos em 10 eixos temáticos, entre eles gênero, desinformação e inteligência artificial. O atual diretor científico da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), Rafael Bellan, afirma que o protagonismo feminino vai perpassar todo o evento.

 

 

“Estivemos em diversas reuniões com as redes de pesquisa no ano passado e foi definido que o destaque seria para a questão de gênero, mostrando que o futuro do jornalismo precisa focar na desigualdade e apontar o protagonismo da mulher”, explica, acrescentando que se espera a participação de 400 pessoas este ano.

 

 

O diretor científico reforça que os artigos submetidos ao encontro passam por um crivo de avaliadores que são pesquisadores em jornalismo. No momento da seleção, os artigos são avaliados seguindo critérios de pertinência, qualidade da reflexão teórica e mérito científico, e devem receber, no mínimo, dois pareceres positivos. “Quando colocamos a comunidade acadêmica jornalística nessa avaliação, reforçamos a qualidade e o rigor desses trabalhos”, afirma Bellan.

 

 

Rafael frisa que o congresso deste ano será não somente um momento de fazer um balanço dos últimos 20 anos da entidade, cuja fundação aconteceu em Brasília, em 2003, mas também de apontar quais são as principais questões que vão movimentar o futuro do jornalismo. A UnB também sediou o Encontro de 2013. Portanto, é a terceira vez que a SBPJor vem a Brasília, o que representa um marco e o reconhecimento da FAC como núcleo importante da pesquisa em Jornalismo.

 

 

“Estamos passando por uma virada política, ideológica, de crise epistêmica e ambiental, que tem dificultado esse processo de emancipação que nós tentamos disseminar na comunidade científica. Os trabalhos aprovados, que serão mostrados nos GTs da SBPJor em novembro, demonstram que o campo do jornalismo aceitou o desafio e tem tentado soluções para ele”, finalizou.